A Não Resenha de hoje é de um livro que foi lido há muito, muito tempo atrás (com licença poética pra usar de redundância. Obrigado, de nada.).
Uma
época onde eu era um Thiago mais lúdico, vivia achando que um vampiro estava prestes
a surgir e salvar minha vida de adolescente depressivo sem uma causa aparente
(morbidez que ganhei por influências de bandas pseudo-góticas como Evanescence,
Epica, Lacrimosa, etc, etc e etc...)
Não
lembro, exatamente, se foi em 2008 que eu o comprei, mas adquiri meu exemplar
de “Clube dos Imortais” em uma bienal do livro de São Paulo e fiquei me
tremendo todo quando consegui encontrar um, ali, perdido e solitário na
promoção do estande. Ao que ficara sabendo na época, o livro estava esgotado e
era, tipo assim: “Quem tem, tem. Quem não tem, não terás mais. ”
Foi
um achado.
Como
disse, naquele tempo, eu era vidrado demais em vampiros (de verdade, sem brilho
e dieta de “não sangue” – me odeiem, se quiser hahahahahaha). O livro brilhou,
assim como meus olhos brilhavam com ele.
(primeira edição- 2006)
Luar
é um vampiro apaixonante, que nos dá aquela sensação de amor e ódio, mesmo, o
tempo todo.
O
bacana do enredo, é que ele se passa em:
(1)
boa parte aqui perto de casa, na zona leste de São Paulo (perto mesmo, gente.
Muitas vezes descia na avenida lá em cima, só por ser a mesma avenida que dava
lá no bairro Itaim Paulista / São Miguel e era citada como local onde Luciano
mora – personagem principal) e
(2)
na pista subterrânea do Madame (naquela época, ainda Satã – hoje, não mais), onde
o vampiro Luar marca presença com sua dança sensual e hipnótica na famosa casa
noturna underground dos anos 80’s.
(segunda edição - 2013)
A
busca de Luar é pelo poeta perdido, aquele que enganou a todos num baile da
realeza em tempos distantes, mas não tão remotos assim.
Luciano
é raptado e seus amigos percorrem locais sombrios da cidade para encontrá-lo.
O
que o vampiro e o peta tem a ver com isso?
É
isso o que a gente descobre com a leitura que, entrelinhas, vai também contando
a história de São Paulo e Álvares de Azevedo.
Clube
dos Imortais é um livro que guardo com muito carinho e tem ligações com Diário
da Sibila Rubra (eles se completam, mas não são continuação um do outro, logo,
não importa a ordem em que for ler – mas é importante ler os dois).
Pra quem curte um vampirão, essa é uma boa
pedida.
P.S.: eu li a primeira versão, mas sei que
a segunda edição tem ilustrações feitas pelo próprio autor.
E aí, alguma vez já leu algum dos livros do Kizzy?
Conhece o autor?
Deixe aqui seu comentário, manda uma dica de leitura pra gente.
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